quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A Outra História Americana (American History X) 1998


Um filme que ja tinha ha um bom tempo e resolvi assisi-lo nesse fim de semana que passou.
A outra historia americana é mais um dos tantos filmes nacionalistas que a indústria hollywoodiana gosta de fazer. Mas o que faz American History X ser diferente?
Talves porque o filme não cai em um clichê que estamos acostumados e mostra que a terra da liberdade está longe de ser uma terra livre. O Racismo nos EUA chega ao extremo, principalmente no sul do país, provavelmente uma herança do início do século passado, onde existiam até mesmo sociedades como a Ku Klux Klan, que apoiava a supemacia branca. A Ku Klux Klan reapareceu, e o racismo cresceu bastante depois da exibição do filme The Birth of a nation (O nacimento de uma Nação) , um dos mais pupulares filmes do cinema mudo, exibido em 1915, o filme glorificava a escravatura e mostrava brancos linchando um negro de maneira aprovativa. Voltando a American History X, Edward Norton interpreta um líder de uma gangue neonazista que após ser preso pela morte de 2 negros, toma conciência de seus atos, e que tem como obrigação agora fazer com que seu irmão mais novo não tome esse caminho. Algo interessante, é que o filme vai se desenrolando ao mesmo tempo que assistimos aos flashbacks em preto e branco, algo clássico, mas que vai dando um bom ritmo ao filme, algo assim meio Lost.
E como dizia Martin Luther King: "Aprendamos a viver juntos como irmãos; caso contrário, vamos morrer juntos como idiotas."


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ploy (Ploy) 2007

Bom... reta final do semestre na faculdade e pouco tempo pra ver bons filmes. Não que não tenha assistido filmes ultimamente, e sim com uma frequencia menor e a maioria que assisti nesse mês de outubro, não vale a pena comentar.. hehe
Mas agora duas coisas boas em conjunto, ferias da facul + Festivais e como primeiro filme dos festivais desse ano vou falar desse Tailandês que assisti ha uma semana atras. Ploy foi exibido no Festival de Cannes e foi dirigido e escrito por um cara tambem tailandês chamado Pen-Ek Ratanaruang (Last Life In The Universe). O tema central do filme é a dificuldade de um casal em manter um casamento depois de 7 anos de convivencia. Enquanto estão em um hotel, local onde basicamente o filme se passa, surge Ploy, uma jovem garota que faz com que se crie um jogo de ciumes e intrigas que pode trazer grandes consequencias. O filme tem seus meritos de suspense sendo uma mistura de trilher+ drama psicológico com forte carga erótica.
O filme lembra muito o estilo do cineastra coreano
Kim Ki-duk, autor de Casa Vazia (que comecei a escrever um post falando sobre ele, um dia desse e não terminei) e Primavera, Verão, Outono, Inverno... Primavera.

Uma curiosidade é que o filme sofreu varios cortes pra ser exibido na Tailandia, por causa das cenas de sexo... bom, azar o deles.. hehe

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Holocausto Canibal (Cannibal Holocaust) 1979

Nessas ultimas semanas assisti a 2 filmes que tem toda uma propaganda sobre eles, um como o melhor filme de todos os tempos e o outro como o filme mais controvertido e polemico de todos os tempos... Mas deixando essas bobagens de lado, o primeiro foi Cidadão Kane de Orson Welles e o Segundo, Holocausto Canibal e criticos que me desculpem, mas apesar de ser um filme legal, pra mim Cidadão Kane está longe de ser o melhor filme de todos os tempos, agora voltemos ao segundo filme que é nosso objetivo. O filme é Italiano de 1979 do também italiano diretor Ruggero Deodato e se passa na divisa do Brasil com Peru, em plena floresta amazonica, local conhecido na época pela expressão "Inferno Verde". Temos como enredo um grupo de cineastas jovens e estadunidenses que vão para o "Inferno Verde" atrás de lendas de tribos canibais realizar um "Shockumentary", que se trata de um documentário com a intenção de chocar, e desaparecem... Um ano depois pesquisadores vão seguir os rastros desses jovens... e por ai vai..
O Filme passa a sensação que que as coisas que acontecem são mesmo reais, isso pela maneira que o filme é apresentado, técnica chamada de "Cinema Verité" que anos depois seria utilizada por Bruxa de Blair, pra ser ter ideia o filme foi retirado de cartaz na época e o diretor teve que se explicar as autoridades pois acreditavam que Cannibal Holocaust se tratava de "Snuff Movie", gênero em que os atores são mortos diante das cameras, outra coisa que sustentou essa ideia foi que os atores não voltaram a aparecer nas telas depois desse filme. Bruxa de Blair investe no medo do escuro e do sobrenatural, já Cannibal Holocaust investe no medo da violencia mesmo, medo do proprio ser humano.

Os anos 70 foram marcados pelos seus filmes repletos de ousadias, extremos e sem dúvida a Itália dos anos 70 é o maior berço de filmes polemicos e chocantes, e acertou ao usar a formula de chocar a custa de sexo, perversão e violência. Podemos citar ainda desse mesmo berço filmes como "Saló e os 120 dias de Sodoma" do memorável Passolini, "Emanuelle in América", de Joe D'Amato dentro outros.
Para quem quiser ver o diretor Ruggero Deodato atuando, ele faz uma pequena ponta no filme O Albergue 2, como um canibal, já era de se esperar ? =)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Paraíso Agora (Paradise Now ) 2005


Filme que já tinha a um tempinho guardado e demorei pra assistir, mas se soubesse o quanto o filme é interessante já tinha assistido há muito mais tempo...

Acredito que a questão Palestina Israel, são manchetes que apesar de drásticas na maioria das vezes, nem chamam mais tanta atenção, agora por exemplo fui no Google e pesquisei alguma noticia de hoje sobre o assunto, eis que encontro: Israel declara Gaza "Entidade inimiga" e fala em guerra ou Israel entra em Gaza e fere palestinos.
Essas noticias passaram a ser um lugar comum nos noticiários e jornais, e as pessoas se acostumaram.

Mas sair dos jornais e ir pra telas de cinema é outra coisa, ainda mais sendo um filme inteligente e que foca no lado emotivo e pessoal dos personagens centrais.
Esses personagens são Said e Khaled (Já viram como são comuns esses nomes?) que se preparam para um ataque suicida em Tel Aviv. O Filme mostrará a família, amores, e discussões por qualquer bobagens típica de árabes, desses dois personagens em meio as ultimas horas que antecedem o ataque.

Em 2006 o Filme venceu o Independent Spirit Awards melhor filme estrangeiro e foi indicado ao Oscar da mesma categoria, porem nesse ano a estatueta foi para o Sul-Africano Tsotsi que ainda num vi, então não sei dizer se foi justo o prémio... Como se algum prémio do Oscar fosse né? Acho que se tivesse ganhado, o filme não seria tão bom..

Motivos que fazem Parasise Now ser tão interessante?
1. É um filme palestino que mostra toda a cultura e modos daquele povo, me diz quantas vezes tem oportunidade de ver um filme palestino ganhador de prémio?
2. O Filme foi exibido no festival do Rio, que pra mim é a melhor referencia de bons filmes mundiais não Hollywoodianos, e por falar nisso vem ai a edição 2007.
3. Israelenses fizeram protesto em Israel e nos EUA pra tirar o filme da briga do Óscar (Até nisso tem conflito) alegando que o filme humaniza os homens bombas.
4. Você poderá assistir Apocalipse Now de Copola e fazer comparações tipo: O escolhido pra missão em Apocalipse Now será levado ao inferno, já em Paradise Now serão levados ao paraíso.
5. Trata-se de uma obra cinematográfica filmada na cidade cisjordaniana de Nablus, com um diretor e atores de origem árabe-israelense, uma equipe palestina, produzida por um judeu israelense com financiamento privado europeu, Uau... não é o máximo? =).

domingo, 16 de setembro de 2007

Nação Fast Food (Fast Food Nation) 2006


Se você sempre pensou que a carne de hamburguer de um fast food era feita de minhocas, muito se engana, pode ser pior..
Sabe que após assistir esse filme eu cheguei a considerar a hipótese de deixar de comer carne? Pois é... No filme você verá mais a fundo como funciona uma rede fast food, conhecerá um matadouro e como os animais são (mal)tratados, igualmente maltratados são os funcionários do frigorífico, a maioria imigrantes mexicanos ilegais que segundo eles no filme, ganham 10 doláres por hora pra terem pernas mutiladas, serem humilhados ou coisa que o valha, quantia bem maior que ganharia trabalhando em seu pais por um dia. Tudo isso contado em três historia simultâneas. O Filme também mostra um pouco do processo de travessia da fronteira do México com Estados Unidos.
O Filme é do diretor Estadunidense (Por incrível que pareça) Richard Linklater, se não lembrou do nome lembrará de filmes como Antes do Amanhecer e Antes do Por do Sol e agora mostra seu lado Michael Mooriano como diriam alguns. E de elenco temos o Wilmer Valderrama, o Fez de That 70's Show fazendo papel de um mexicano imigrante, Bruce Willis aparece em uma ponta e temos também Avril Lavigne mas que passaria desapercebida num canto, se não tiver alguém pra gritar... Aquela ativista loira não é a Avril Lavigne? talvez...
Pra quem quiser ler, o filme foi baseado no Best Seller do New York Times de mesmo nome, porem não sei se já tem tradução.

Pra quem quiser aprofundar mais no assunto
" malefícios do fast food", tem o documentario Super Size Me - A Dienta do Palhaço em que o diretor passa um mês se alimentando no Mac Donalds e depois vocês veêm o resultado. Ja para o tema imigração ilegal, o discovery tem passado alguns documentários sobre o tema, entre eles "Morrer tentando" que mostra a dura realidade da travessia para os EUA, dai você estará mais por dentro do assunto não se restringindo apenas aquela pseudo-ideia sobre o tema que você conseguiu seguindo as aventuras de Debora Secco em uma das ultimas novelas das 8. =)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Capítulo 27 (Chapter 27) 2007


Ótimo filme, em que Jared Leto (Harry de Requiem para um sonho muito mais gordo) interpreta Mark Chapman que por sua vez interpreta Holden Caulfield.. Achou confuso?
Bom, o filme conta os ultimos dias tragicos que antecederam a morte do Beatle John Lennon pela pespectiva de Mark Chapman, o famoso assassino. Porem Chapman acreditava estar possuído por Holden Caulfield, personagem de Sallinger em seu livro "O Apanhador do campo de centeio", no livro Holden conta um pouco da "Droga de sua vida" ou coisa que o valha, termo usando pelo personagem em cada uma das pouco mais de 80 páginas. Para chapman o livro era como uma biblia sagrada.

Então o filme vai se passando entre o quarto de hotel e o Edifício Dakota em Manhattan. Ahh Dakota...Prédio famoso por suas figuras ilustres como, a amável Rosemary e seu bebê nem tão amável assim, lar de Paul Simon e onde Gene Simmons sonhou em morar um dia.. Ops... voltando ao assunto..

Chapman tenta conseguir um autografo, passando os dias em frente ao prédio, caminhando pelos "Strawberry Fields" do Central Park e inclusive arruma uma namoradinha beatlemaniaca vivida por Lindsay Lohan que ganhariam o prémio de casal mais estranho.

Não sou de contar finais de filmes, mas sim.. Vou contar. Jonh Lennon morre no final!
Chapman consegue seu autografo e assassina Jonh Lennon em 8 de dezembro de 1980.

Recomendo aos fãs de Beatles, aos fãs de Holden, aos fãs de Chapmam e os que não são fãs de coisa nenhuma e se tiverem oportunidade, leiam antes o livro do Sallinger, fácil de encontrar principalmente na web. São 26 capítulos, dai o porquê do nome do filme ser Chapter 27.
E após a leitura do livro, evitem incorporar Holden e sair por ai matando grandes ícones do Rock ou coisa que o valha.



quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Na cama (Em la Cama) 2005

Em la cama..
donde amas, donde sueñas, donde engañas ...

Situação... Domingo as 7h30 da manhã, sem sono... uma boa hora pra assistir um filme enquanto se toma um bom café.. coloco o filme e vou pra cozinha fazer o café, quando gemidos cortam o som e ecoam por todo o prédio, corro para abaixar o som e resolver que não é uma boa hora pra assistir esse que é o segundo filme do diretor chileno Maías Bize.

Voltando ao filme em outra ocasião menos vexatória...
Bom... é um filme que apesar de ter apenas dois personagens (Bruno e Daniela) e se passar inteiramente num quarto de motel, não se torna chato ou cansativo em momento algum, e não pense que falo isso porque o filme tem um casal num cama de motel todo o tempo, afinal eles não poderiam fazer sexo durante os 85 minutos de filmes sem parar. O que torna interessante são também os dialogos, situações, dramas e guerra de almofadas, e atraves desses dialogos percebemos quem são esses dois personagens. Bruno (Gonzalo Valenzuela) Um pseudo-intelectual que diz ter criado uma teoria sobre filmes, em que se conhece as pessoas pelos filmes que assiste, mas na verdade não passa de um frequentador de shoppings e Daniela(Blanca Lewin) que é uma mulher mais pé no chão, mais direta e obiamente não assiste tantos filmes cultinhos que bruno cita. E nisso eles vão dividindo seus sonhos, suas verdades, suas mentiras, seus anseios e medos.

Ahhh Blanca Lewin.. Espero te encontrar em outros filmes...