quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Eu Sou um Cyborg, Mas Tudo Bem. (Saibogujiman kwenchana) 2006

A Coreia está me surpreendendo com ótimos filmes que ando assistindo ultimamente, principalmente graças aos diretores Park Chan-Wook e Ki-duk Kim. E falando em Park Chan-Wook, diretor da ótima trilogia da vingança (Mr. Vingança, OldBoy e Lady Vingança), foi ele também que dirigiu e escreveu o roteiro de Eu Sou um Cyborg, Mas Tudo Bem. No filme, nada de vingança como é costume do diretor e sim uma bela história, original, bem humorada e com um pouco de humor negro que se passa em torno de Cha Young-goon, que é hospitalizada em uma clínica psiquiátrica por acreditar ser um ciborgue (Ser que é dotado de partes orgânicas e mecânicas). Alem de Cha Young-goon, também conhecemos vários personagens que têm interlocutores imaginários com doenças que se pode observar, são frutos de algum trauma. Percebemos diversas cenas que intercalam entre o real e o imaginário. O diretor soube trabalhar bem a imaginação dos personagens com cenas poéticas e cheia de cores que embarcam na fantasia. O elenco também foi muito bem escolhido e destaque para a ótima narrativa, bem no estilo de OldBoy. Park Chan-Wook também está com filme novo na área, Sede de Sangue (Bakjwi), mas que fica pra um outro post.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Silencio do Lago (Spoorloos) 1988

Uns dias atrás por casualidade li uma lista com 10 filmes indicados pelo pesquisador Steven Jay Schneider, autor do livro 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer. Uma espécie de super resumo do livro, uma lista comum e pessoal até então. Porem um filme me chamou muito a atenção, porque ao ler a sinopse vi que conhecia a história, havia assistido um filme semelhante há muitos anos de madrugada. Mas aquele não era o filme que conhecia. Pesquisando sobre o filme, O Silencio do Lago, vi que havia duas versões. Uma refilmagem de 93 (The Vanishing) que era a que eu havia visto, e a versão original (Spoorloos) filme franco-holandês de 1988 ambos do mesmo diretor George Sluizer. A história gira em torno de um casal que sai de férias, Rex (Gene Bervoets) e sua namorada Saskia (Johanna ter Steege). Durante e viagem Saskia misteriosamente desaparece e Rex passa a procurá-la por anos. Porem o filme não cai no clichê de focar na busca do criminoso e descobrir sua identidade. O telespectador já conhece o criminoso logo de início e fica em uma posição incomum por saber mais que o personagem e assim o filme cria uma empatia entre quem assiste e o personagem Rex. Ao mesmo tempo vamos descobrindo mais sobre o personagem criminoso, o sociopata Raymond, com cenas que vão voltando e avançando no tempo. Enquanto isso a angustia de quem assiste ao filme só vai aumentando. Afinal, o que houve com Saskia?
A versão de 93 conta com Sandra Bullock e Kiefer Sutherland (Jack Bauer do seriado 24 horas) interpretando o casal, e o criminoso é interpretado por Jeff Bridges (O Grande Lebowski).
Mas se querem uma boa dica, fiquem com o Original. Um thriller psicológico original, perturbador, angustiante e cruel.